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TANTRA CLÍNICO - Anorgasmia Feminina

TANTRA CLÍNICO
como Terapia Integrativa para o Tratamento da Anorgasmia Feminina
Autora: Josefa D. de Freitas Haisch / Suryachandva – Terapeuta Tântrica – Espaço Anahata São Paulo / SP

Conceito da palavra TANTRA:

TAN significa Expansão e TRA significa liberação. É um termo sânscrito.

Origem do Tantra:

Na antiga Índia, atual Caxemira Indiana. No entanto de acordo com André Van Lysebeteth no livro Tantra o culto da feminilidade, pag.37, levanta a possibilidade do Tantra ter surgido a mais de 9.0000 anos antes de cristo em uma cidade chamada Chantal-Huyuk, na cidade de Anatólia Turquia.

Segundo OSHO em seu livro: Tantra O Caminho da Aceitação, o Tantra é uma ciência, pois não se trata de uma proposição intelectual, mas uma experiência e somente quando você estiver receptivo, disposto e vulnerável a experiência ela virá até você. Para conhecer o Tantra você precisa de uma mudança (pag. 50).

No decorrer do processo de civilização, muitas repressões advindas da educação, das religiões e do patriarcado, bloquearam e distorceram a expressão natural da energia mais poderosa e criativa que pulsa no ser feminino, a energia sexual. Isso somado à desconexão com o próprio corpo, o ritmo de vida acelerado, trouxe muitas dificuldades para maioria das mulheres em viver plenamente sua sexualidade e intimidade nos relacionamentos afetivos sexuais, resultando em um número alarmante de mulheres brasileiras com quadros de anorgasmia.

Segundo o DSM-IV, as disfunções sexuais caracterizam-se por uma perturbação nos processos do ciclo de resposta sexual ou por ser associada a relação sexual. Anorgasmia é compreendida como ausência de orgasmo, caracterizado como transtorno do orgasmo feminino, ou orgasmo feminino inibido por bloqueios frequentes ou persistentes, percebido pela ausência de orgasmo ou do retardo frequente do mesmo após o estágio de excitação sexual normal.

Pesquisa recente, realizada pelo Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo, (PROSEX), na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP, concluiu que no Brasil metade das mulheres não sentem orgasmo. As disfunções sexuais femininas apresentam elevadas taxas de predominância na população, com tendência a aumentar conforme a idade, caracterizando um importante problema de saúde da mulher, com repercussões significativas na qualidade de vida dela e das pessoas com quem ela se relaciona.

As causas da anorgasmia são de ordem psicológica, emocionais ou orgânicas e se classifica como primária (quando a mulher nunca sentiu orgasmo) e secundária, (quando a mulher já sentiu, mas parou de sentir).

A Organização Mundial da Saúde, ressalta que a felicidade sexual é uma condição inseparável da questão da saúde, na qual a falta de prazer pode desencadear múltiplos problemas como: constante tensão, mal humor, depressão, insônia.

Hoje o Tantra clínico é usado como terapia integrativa para o tratamento da anorgasmia feminina, através de um conjunto de intervenções que não são ensinadas em escolas médicas e que não estão disponíveis em hospitais, mas podem ser usadas simultaneamente a outro tipo de tratamento e suas técnicas utilizadas pelos terapeutas tântricos, visam a dar assistência a mulher com anorgasmia, seja na prevenção da disfunção ou no seu tratamento.

O Tantra clínico, atua no desenvolvimento sexual através da reeducação sensorial, capacidade respiratória, percepção e expansão dos sentidos físicos, a saber: tato, olfato, audição, paladar, visão. O mais importante sentido do nosso corpo é o tato, é o mais utilizado para os processos de dormir e acordar... (A MENTE DA PELE - J. Lionel Tayler, the Stages of Human Life, 1921. p. 157).

O Tantra Clínico, como terapia integrativa tem se mostrado muito eficiente no tratamento da anorgasmia feminina, utiliza como ferramenta principal o próprio corpo da mulher, sua energia vital e seus sentidos, como instrumento para o autoconhecimento e expansão sensorial de maneira a estimular a capacidade de autocura do organismo, que se dá através dos vários tipos de vivências sensoriais, objetivando uma harmonia entre mente em movimento (pensamento) e corpo (sentimento), resultando em uma vida ancorada no corpo, percebendo-se totalmente integrada com o todo e por tanto sentindo-se relaxada, confiante e segura do seu potencial orgástico.

Tantra Clínico na prática:

A terapia é breve, focal, sensorial e prática, seu desenvolvimento acontece através da percepção de si mesmo, do próprio corpo, mente, emoções e energia (Chakras), pelo reconhecimento e expansão da sensibilidade e não pela compreensão das palavras ou pelo entendimento intelectual.

O tantra clínico lida com a experiência não verbal, atua com aspectos sensoriais e na anatomia emocional do corpo, que interferem diretamente na esfera do comportamento humano.

Na história da sexualidade feminina, os dois canais de expressão do feminino: comunicação e sexualidade, foram fortemente reprimidos pela sociedade, de modo a ter anulado a espontaneidade da expressão e da sexualidade feminina. O Tantra clínico no processo terapêutico, atua com a liberação energética destes dois centros de energia no corpo feminino, para tratar a anorgasmia, seja ela primária ou secundária.

Os dois canais de expressão acima citados, são representados pelo tantra clínico como dois canais de energia: o Chakra Muladhara localizado nos genitais e o Chakra Vishuddha localizado na garganta. Quando no corpo feminino estes dos centros de energias estão desalinhados, o orgasmo se torna muito difícil de ser sentido pela mulher.

Durante o processo terapêutico com o tantra clínico, fica muito perceptível a relação e sincronicidade entre os dois órgãos localizados nos dois Chakras envolvidos no processo do orgasmo (genital feminino / boca / mandíbula / garganta), se a boca e a mandíbula estão tensos, a vulva e vagina também estarão rígidas e tensas. O propósito do atendimento com o tantra clínico, é primeiramente relaxar o corpo principalmente boca e mandíbula, pois se estas partes relaxarem, a vulva e a vagina ficarão em sincronia e também relaxarão. Não é mera coincidência que a anatomia da boca / garganta e vulva / vagina sejam tão parecidas.

Para o Tantra Clínico, o tratamento da anorgasmia feminina pode ser atacado principalmente com o desbloqueio dos dois Chakras (centros de energias), que apresentam ligações direta com a energia sexual:

O Chakra Muladhara, é um dos centros de energia mais reprimidos na sexualidade feminina, quem nunca ouviu quando criança: “Fecha as pernas!”, “Tira a mão daí!” Quando este centro energético está desalinhado, a mulher apresenta dificuldade em dar e receber a nível psicoemocional e no funcionamento sexual; Os bloqueios neste chakra provocam uma preocupação excessiva com a vida material, levando a um extremo apego e rigidez na forma de lidar com as necessidades materiais de sobrevivência, negando sentimentos e emoções, a mulher fica muito racional e este desequilíbrio pode causar a disfunção de anorgasmia feminina;

O Chakra Vishuddha, este centro energético também foi muito reprimido no corpo na mulher, quem nunca ouviu: “Cala boca menina!”, “Chorar é feio!”; “Menina educada não grita!”; “Engole o choro!” É o centro de energia responsável pela comunicação e expressão verbal. Estando corretamente energizado, cria a facilidade na expressão dos próprios sentimentos e emoções. Produz clareza de expressão, emoção, magnetismo e facilidade de comunicação. Quando desequilibrado a mulher não consegue se comunicar nem se expressar a nível de seus sentimentos e nem da sua sexualidade.

Nas sessões terapêuticas em consultório, com no mínimo duas horas (cada sessão), o terapeuta realiza uma pequena anamnese, e na sequência propões seja feito o desbloqueio destes dois Chakras, para que a mulher se permita sentir o orgasmo em toda a sua plenitude. Neste processo utiliza-se as seguintes ferramentas:

Respiração consciente e diafragmática pela boca entre aberta, mandíbulas bem relaxadas de modo a expirar emitindo um som de mar. Expressando seus sentimentos através do seu corpo, usando a boca para inspirar e expirar ajuda a alinhar a energia do Chakra da comunicação;

Massagens tântricas sensoriais, o toque como uma das mais importantes ferramentas no processo terapêutico do tantra clínico. Pela importância e motivo pelo qual necessitamos e nos beneficiamos emocionalmente, afetivamente, hormonalmente, imunologicamente e sexualmente do toque. As massagens sensoriais ajudam o corpo a desenvolver novas sinapses cerebrais que induzirá a mulher ficar ancorada no seu corpo e no seu prazer;

Meditação ativa, esta é uma ferramenta muito poderosa, pois atua diretamente nas couraças musculares que ao longo da vida tornou rígido o corpo. O movimento meditativo corporal ativo a percepção do musculo psoas responsável pelo movimento pélvico e ritmo que provoca o prazer sexual.

Integração: Após o término da massagem a mulher ficará ao menos por 15 minutos deitada ouvindo uma música na frequência cardíaca, para que suas energias se integram.

Conclusão:

Tantra não se restringe a uma nova atitude perante o sexo, mas trata-se de uma ciência muito mais abrangente referente à vida como um todo – um caminho para plenitude através da espontaneidade, aceitação e abertura para sentir o êxtase e unificação com a existência. Portanto a abordagem tântrica à vida afeta muito mais que nossa sexualidade. Ela afeta todo o SER, a maneira de olhar a vida, de se relacionar com as pessoas e com a natureza, como encarar os desafios e assim por diante, pois nos permite conectar mais profundo consigo mesmo, com os outros e com todas as formas de vida. Por isso os resultados com a terapia do tantra clínico são positivos para o tratamento na disfunção de anorgasmia feminina, em nossos atendimentos, podemos afirmar que foram em torno de 95% de resultados positivos na utilização do tantra clínico como terapia integrativa, no tratamento da anorgasmia feminina.

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