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Tantra, Morte e Autoconhecimento

A Morte Não é o Fim da Vida

"Os meus Sannyasins celebram a morte também, porque para mim a morte não é o fim da vida mas o próprio crescendo da vida, o próprio clímax. É o máximo da vida. Se você viveu corretamente, se você viveu momento a momento totalmente, se você extraiu todo o suco da vida, sua morte será o orgasmo definitivo.

O orgasmo sexual não é nada comparado ao orgasmo que a morte traz, mas ela o traz apenas para a pessoa que conhece a arte de ser total. O orgasmo sexual é uma coisa muito débil comparado com o orgasmo que a morte traz."

Osho, Come, Come, Yet Again Come, Capítulo #2

Lidar com a morte e superar o medo que ela muitas vezes nos causa é uma jornada pessoal e única para cada indivíduo. Embora seja um assunto delicado e muitas vezes evitado em nossa sociedade, é importante reconhecer que a morte faz parte da vida e pode ser vista como um portal para uma nova dimensão de consciência.

Diferentes culturas, religiões e tradições têm abordagens distintas quando se trata da morte. Algumas culturas veem a morte como um evento natural e inevitável, enquanto outras acreditam em um ciclo contínuo de renascimento. Compreender essas diferentes perspectivas pode nos ajudar a lidar melhor com nossos medos e incertezas em relação à morte.

Uma filosofia que enxerga a morte como uma transformação e um momento de transcendência é o budismo. No budismo, a morte é vista como uma transição para outra forma de existência. Acredita-se que a morte seja apenas o fim de um ciclo e o início de um novo. Essa compreensão pode trazer conforto e esperança para aqueles que têm medo da morte.

Outra tradição que oferece uma perspectiva interessante sobre a morte é o xamanismo. Para os xamãs, a morte é vista como uma passagem para o mundo espiritual, onde a alma continua sua jornada. Eles acreditam na existência de múltiplos planos de realidade e na comunicação com os espíritos dos antepassados. Essa visão mais espiritualizada da morte pode ajudar as pessoas a encontrar um sentido maior nesse momento de separação.

Independentemente das crenças individuais, lidar com a morte requer aceitação e compreensão de sua inevitabilidade. É importante reconhecer nossos medos e enfrentá-los de frente. Buscar apoio emocional através de terapia ou grupos de apoio pode ser uma estratégia eficaz para lidar com o medo da morte.

Além disso, cultivar uma conexão espiritual ou religiosa pode trazer conforto e paz interior. Práticas como meditação, oração ou reflexão podem ajudar a enfrentar os medos da morte e encontrar um sentido profundo nesse processo.

Lembrar-se da impermanência da vida também pode ser útil. Nada dura para sempre, e entender que todos nós estamos destinados a enfrentar a morte em algum momento pode nos ajudar a apreciar mais plenamente cada momento que temos neste mundo.

Em última análise, lidar com a morte e superar o medo que ela causa é uma jornada pessoal que cada um deve percorrer à sua própria maneira. É importante ter paciência consigo mesmo e buscar apoio quando necessário. A morte não precisa ser algo assustador; pode ser vista como parte do ciclo natural da vida e como uma oportunidade para crescimento espiritual e transcendência.

22 / Nov / 2022
Prem Suryachandva

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